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Operação da PF desarticula rede de tráfico de pessoas para exploração sexual na Espanha
Política

Operação da PF desarticula rede de tráfico de pessoas para exploração sexual na Espanha

Organização criminosa aliciava mulheres no Brasil e as submetia a ameaças e condições degradantes no exterior.

Redação
Redação

10 de dezembro de 2025 ·

A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quarta-feira (10), oito mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão contra uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual. As ações, expedidas pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, ocorreram nas cidades de São Paulo (SP), São Pedro (SP), Jundiaí (SP), Ubatuba (SP) e Rio das Ostras (RJ).

Com apoio da Interpol e da Polícia Nacional da Espanha, duas prisões também foram realizadas na cidade de Álava, no país europeu. A estimativa da PF é que o grupo criminoso tenha arrecadado cerca de R$ 40 milhões com a atividade ilegal, valor que foi bloqueado judicialmente a pedido da corporação.

Modus operandi da organização

Segundo as investigações, a rede era responsável por aliciar mulheres no Brasil e providenciar seu transporte aéreo para a Espanha. Após a chegada ao destino, as vítimas eram submetidas a ameaças e condições degradantes, culminando em violência sexual. A operação contou com a participação do Centro Especializado de Combate ao Tráfico de Pessoas e ao Contrabando de Migrantes da Ameripol.

Neste ano, as autoridades espanholas já libertaram 33 mulheres mantidas em situação de exploração sexual, sendo 28 delas brasileiras. A ação conjunta marca um avanço no combate a este tipo de crime transnacional, que frequentemente explora a vulnerabilidade socioeconômica das vítimas.

Contexto e próximos passos

O tráfico de pessoas para exploração sexual é um crime grave previsto no artigo 149-A do Código Penal brasileiro, com pena que pode chegar a 12 anos de prisão. A cooperação internacional, como a demonstrada nesta operação, é considerada fundamental para o desmantelamento de redes criminosas que atuam em mais de um país.

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, tráfico internacional de pessoas e redução à condição análoga à de escravo. A PF e o Ministério Público Federal (MPF) seguem com as investigações para identificar possíveis integrantes remanescentes da organização e outras vítimas.

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