Padrasto é preso após morte de enteado de 2 anos com múltiplos hematomas em Queimados

Um homem de 23 anos foi preso em flagrante, nesta segunda-feira (2), suspeito de matar o próprio enteado de 2 anos em Queimados, na Baixada Fluminense. O suspeito, identificado como Paulo César da Silva Santos, levou a criança, Henry Gabriel, para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local, onde os profissionais de saúde constataram múltiplos hematomas pelo corpo do menino.

A Polícia Civil foi acionada e, após investigação, o padrasto admitiu ter agredido a criança naquele momento. Familiares relataram às autoridades que o suspeito tinha histórico de agressividade e já havia violentado a vítima anteriormente. O Conselho Tutelar também foi notificado sobre o caso.

Suspeito autuado por homicídio qualificado

Paulo César da Silva Santos foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio qualificado. A informação sobre a prisão foi confirmada pelo Portal iG. O crime é considerado qualificado quando cometido contra criança, adolescente ou pessoa vulnerável, conforme o Código Penal brasileiro.

O caso segue os trâmites legais na delegacia responsável. A polícia continua coletando depoimentos e provas para consolidar a acusação. A motivação exata para a agressão fatal ainda está sendo apurada pelas investigações.

Contexto de violência familiar

Relatos de familiares à polícia indicam um padrão de violência pré-existente na dinâmica familiar. A informação de que o suspeito já teria agredido a criança em ocasiões anteriores levanta questões sobre a rede de proteção à vítima.

Casos de violência doméstica e fatal contra crianças no Brasil frequentemente envolvem agressores conhecidos e repetição de episódios violentos. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que a maioria das vítimas de violência letal intencional com menos de 4 anos é morta por pais, padrastos ou outros parentes.

Próximos passos e consequências legais

O suspeito permanecerá à disposição da Justiça. A pena para homicídio qualificado pode variar de 12 a 30 anos de reclusão, sendo aumentada em um terço se o crime for cometido contra menor de 14 anos.

Além do processo criminal, o caso deve ser acompanhado pela Vara da Infância e da Juventude, que analisará as condições da família e a possível aplicação de medidas protetivas para outros membros. A Secretaria Municipal de Assistência Social de Queimados também foi acionada para prestar suporte.