Pesquisa Datafolha mostra estabilidade na avaliação do governo Lula
Aprovação se mantém em 32%, enquanto 37% consideram a gestão ruim ou péssima, aponta levantamento.
A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece estável, segundo pesquisa Datafolha divulgada na última sexta-feira (5). O levantamento aponta que 32% dos brasileiros consideram a gestão "ótima" ou "boa", enquanto 37% a classificam como "ruim" ou "péssima". Outros 30% avaliam o governo como "regular".
O índice de aprovação registrou leve queda de um ponto percentual em relação à pesquisa anterior, quando era de 33%. A reprovação também caiu um ponto, de 38% para 37%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa ouviu 2002 eleitores em 113 cidades entre os dias 2 e 4 de dezembro.
Perfil da aprovação e reprovação
O trabalho do presidente é aprovado por 49% dos entrevistados e desaprovado por 48%. A análise por perfis mostra que a aprovação acima da média nacional (32%) é mais forte entre pessoas com 60 anos ou mais (40%), nordestinos (43%), católicos (40%) e brasileiros com menor nível de escolaridade (44%).
Já a reprovação se concentra em grupos identificados como bolsonaristas ou antipetistas: pessoas com ensino superior (46%), sulistas (45%), evangélicos (49%) e brasileiros que ganham entre 5 a 10 salários mínimos (53%).
Comparação com mandatos anteriores
Os números do terceiro mandato de Lula são tímidos quando comparados aos governos anteriores. No segundo mandato, o petista registrava 72% de aprovação e apenas 6% de reprovação, segundo dados do Datafolha.
No primeiro governo, a avaliação positiva começou em 28%, com 41% considerando a gestão regular e 29% ruim ou péssima. A trajetória de melhora na avaliação ao longo dos mandatos anteriores contrasta com o cenário atual de estabilidade em patamares mais baixos.
O cenário de estabilidade nos índices ocorre em um momento de debates sobre a sucessão presidencial de 2026 e a formação de alianças políticas. A pesquisa reflete um eleitorado ainda polarizado, com avaliações fortemente influenciadas por identidades regionais, religiosas e de renda.
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