Pesquisa em SC aponta Jorginho Mello com 48% e aprovação de 75% ao governo
Estudo do Real Time Big Data mostra liderança consolidada para governador e fragmentação na disputa pelo Senado catarinense.
O governador Jorginho Mello lidera com folga as intenções de voto para a reeleição em Santa Catarina, enquanto a administração estadual registra índice de aprovação de 75%. Os dados são da mais recente pesquisa do Instituto Real Time Big Data, realizada nos dias 2 e 3 de dezembro de 2025 com 1.200 eleitores.
O levantamento revela um cenário de estabilidade para o Executivo estadual, mas com maior dispersão de votos na simulação para uma vaga no Senado Federal. A pesquisa também mapeou os índices de rejeição aos principais nomes da disputa.
Liderança consolidada no governo
Nas simulações estimuladas para governador, Jorginho Mello aparece com 48% das intenções de voto no Cenário 01 e 49% no Cenário 02. O segundo colocado é João Rodrigues, com 22% e 25%, respectivamente. Décio Lima marca 14% em ambos os cenários.
Outros potenciais candidatos aparecem com percentuais baixos: Adriano Silva tem 2% e Marcos Vieira, entre 1% e 2%. A opção Nulo/Branco atinge 7% no primeiro cenário e sobe para 10% no segundo, indicando uma parcela significativa do eleitorado ainda indecisa ou propensa a anular o voto.
Disputa acirrada pelo Senado
Para a vaga no Senado, o cenário é mais fragmentado. No Cenário 01, Carlos Bolsonaro lidera com 27%, seguido por Esperidião Amin (21%) e Décio Lima (14%). Em cenários alternativos, Carol de Toni aparece com destaque, atingindo entre 22% e 24%.
“Em todas as versões há uma parcela significativa de Nulos/Brancos e eleitores sem resposta, o que demonstra volatilidade e abre espaço para disputas até a eleição”, analisa o estudo. A composição entre primeiro e segundo votos também mostra redistribuições entre os nomes mais lembrados.
Alta aprovação e rejeição concentrada
A avaliação do governo estadual é extremamente favorável: 75% dos catarinenses aprovam a gestão, sendo que 58% a classificam como “ótima” ou “boa”. Este índice ajuda a explicar a coesão do apoio a figuras ligadas à administração atual.
No índice de rejeição, Décio Lima lidera com 52% em resposta múltipla. Jorginho Mello aparece em segundo, com 30% de rejeição. “Esses dados revelam que, apesar da vantagem nas intenções de voto, alguns candidatos carregam altos índices de rejeição que podem influenciar o comportamento do eleitor indeciso”, pontua a pesquisa.
Implicações para a corrida eleitoral
A combinação de liderança consolidada e alta aprovação do governo aponta para um cenário em que o candidato ligado ao status quo parte com vantagem. No entanto, o volume de indecisos e votos nulos representa uma reserva de votos que pode ser decisiva, principalmente em um eventual segundo turno.
Para o Senado, a dispersão entre nomes conhecidos indica que a disputa será definida por mobilização de base, formação de alianças e campanha dirigida a reduzir a massa de indecisos. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Real Time Big Data, fundado em 2015 pelo cientista político Bruno Soller e que, a partir de 2024, tem como sócio estrategista o consultor eleitoral Wilson Pedroso.
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