Duas das mais emblemáticas expressões culturais do Rio de Janeiro, a Praça XV e a Feira de São Cristóvão, continuam preservando tradições mesmo diante de transformações urbanas e pressões econômicas. Localizados em regiões distintas da cidade, esses espaços funcionam como pontes entre passado e presente.
Praça XV: onde a história respira
No centro histórico, a Praça XV de Novembro — palco da chegada da família real portuguesa e da proclamação da República — mantém feiras de antiguidades e eventos culturais. O historiador Helanio Gabriel destaca: "É um espaço onde a história pode ser tocada, cheirada, vivida". Apesar de desafios como degradação urbana, o local atrai turistas e moradores em busca de conexão com o passado.
Feira de São Cristóvão: Nordeste em solo carioca
Na Zona Norte, o Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas abriga 700 barracas com música, culinária e artesanato. "A base da cultura nordestina está ali", afirma Marcus Lucena, ex-gestor cultural. Durante o período junino, o espaço atinge seu auge, com faturamento expressivo nos restaurantes que empregam até 70 pessoas.
Ambos os locais enfrentam dificuldades pós-pandemia, mas buscam reinventar-se. A Feira de São Cristóvão tem projetos aprovados via leis de incentivo, enquanto a Praça XV resiste como testemunha silenciosa da história carioca.
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