Presidente do Inep nega vazamento de questões do Enem 2025 em depoimento

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palacios, negou nesta terça-feira (2) que tenha ocorrido vazamento de questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025. A declaração foi feita durante audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

Palacios afirmou que o material que circulou nas redes sociais era composto por itens memorizados por participantes de pré-testes do exame. "Não há dúvidas de que o que circulou são itens memorizados por participação em pré-testes", disse o presidente do Inep, ressaltando que a prova em si não foi acessada por pessoas não autorizadas antes da aplicação.

Análise de itens e anulação preventiva

O presidente do Inep detalhou que a autarquia analisou 900 itens relacionados a cursos do influenciador Edcley Teixeira, inicialmente apontado como envolvido no suposto vazamento. Segundo Palacios, nenhum dos itens analisados era idêntico às questões do Enem 2025, havendo apenas algumas semelhanças consideradas não significativas.

A decisão de anular algumas questões, conforme explicou, foi uma medida preventiva adotada para proteger a integridade do exame. "A anulação das questões do exame foi uma ação preventiva, para proteger o Enem", afirmou Palacios.

Metodologia garante precisão das notas

O presidente do Inep garantiu que a eliminação das questões não afeta a nota final dos estudantes. Ele explicou que a metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), utilizada no Enem, é capaz de estimar com precisão a proficiência dos candidatos mesmo com a anulação de alguns itens.

"O problema que o Enem tem que responder para toda a sua avaliação é: obter a melhor precisão possível, com uma estimativa da proficiência de cada estudante, nas quatro áreas do conhecimento que são avaliadas", declarou Palacios durante a audiência.

O Inep mantém o calendário de divulgação dos resultados do Enem 2025, previsto para janeiro do próximo ano. A medida de anulação de itens, segundo a autarquia, segue protocolos internacionais de segurança aplicados em exames de larga escala quando há qualquer indício de comprometimento da integridade das questões.