No último sábado, a libertação de quatro reféns pelo Hamas chocou o mundo não apenas pela sua conclusão, mas pela forma como ocorreu. Antes de voltarem para Israel, as jovens precisaram participar de uma encenação pública, onde tiveram de acenar e sorrir para uma multidão, como se estivessem em um espetáculo. Além disso, receberam certificados de libertação que foram filmados pelos cinegrafistas do próprio Hamas, evidenciando uma utilização persuasiva das imagens em meio ao conflito.
As jovens, com idades entre 19 e 20 anos, estavam em uma base militar quando foram sequestradas durante um ataque em 7 de outubro de 2023. Dos 22 soldados presentes, 15 foram mortos e 7 sequestrados. A expectativa agora recai sobre a libertação da quinta observadora sequestrada, Agam Berger, que pode ocorrer no próximo sábado. Infelizmente, a situação permanece incerta para as famílias dos outros 90 sequestrados, que ainda não têm informações sobre seus destinos.
Desde 2007, o Hamas tem governado Gaza em meio a contínuas alegações de violência e manipulação da informação. A contagem de mortos, que chega a 47 mil segundo o “Ministério de Saúde de Gaza”, gera controvérsia, pois muitos desses números podem não ser confiáveis. A tática do grupo de misturar conflito e propaganda, apelidada de Pallywood, visa não apenas a criação de narrativas que favorecem sua causa, mas também a manipulação da percepção internacional em relação ao que ocorre na região.
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