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Senado aprova penas mais duras para facções que atuam em áreas de fronteira
Política

Senado aprova penas mais duras para facções que atuam em áreas de fronteira

Marco Legal do Combate ao Crime Organizado segue ao Plenário com endurecimento de punições em regiões estratégicas.

Redação
Redação

10 de dezembro de 2025 ·

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (10), um conjunto de emendas que endurece as penas para organizações criminosas que atuam em áreas de fronteira. As mudanças foram incorporadas ao Projeto de Lei 5.582/2025, conhecido como PL Antifacção, que cria o Marco Legal do Combate ao Crime Organizado no país.

O relatório, que inclui as alterações propostas pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), seguirá para votação no Plenário ainda nesta quarta-feira, em regime de urgência. O objetivo das emendas é aumentar o custo penal para facções que operam em regiões sensíveis, desestimulando a consolidação de redes criminosas.

Penas podem dobrar em áreas de fronteira

Uma das principais alterações eleva a punição para organizações criminosas que atuam em municípios da faixa de fronteira ou em corredores transfronteiriços usados no tráfico internacional de drogas, armas ou pessoas. Nessas áreas, a pena poderá aumentar de dois terços ao dobro quando houver cooperação, infiltração, financiamento, logística ou influência de facções transnacionais associadas a grupos brasileiros.

Outra emenda reforça a proteção de infraestruturas críticas, como portos, aeroportos e rodovias, locais frequentemente explorados pelo crime organizado para movimentar drogas, armas, dinheiro e pessoas.

Emendas nascem da "realidade" dos estados fronteiriços

Na justificativa, o senador Mecias de Jesus afirmou que o conjunto de alterações aproxima a proposta da realidade das regiões que convivem com a presença direta de grupos estrangeiros. “Essas emendas nascem da realidade de estados como Roraima, que convivem diretamente com o avanço de grupos transnacionais. Nós vemos de perto a ação de facções e grupos estrangeiros, por isso trabalhamos para endurecer a lei, proteger as famílias e reforçar a soberania do Brasil no Norte”, declarou.

O texto também fecha brechas financeiras no setor de apostas ao priorizar transparência fiscal e impedir possíveis canais de lavagem de dinheiro ligados a organizações criminosas. Além disso, prevê uma atuação mais rápida do Estado em casos de invasão e posse ilegal praticados por facções contra famílias e pequenos proprietários.

Próximos passos da tramitação

Com a aprovação das emendas na CCJ, o Marco Legal do Combate ao Crime Organizado segue ao Plenário do Senado ainda nesta quarta-feira. Se aprovado, o projeto retornará à Câmara dos Deputados antes de seguir para sanção presidencial, por ter sido modificado no Senado.

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