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Senador Carlos Viana revela câncer e adia cirurgia para presidir CPI do INSS

Senador Carlos Viana revela câncer e adia cirurgia para presidir CPI do INSS

Parlamentar enfrenta tumor no estômago e priorizou investigação de desvios bilionários na previdência

Redação
Redação

5 de dezembro de 2025 ·

O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), revelou nesta sexta-feira (5) que enfrenta um tumor cancerígeno na parte externa do estômago. Apesar de uma recomendação médica de 90 dias atrás, Viana adiou a cirurgia, marcada para este sábado (6), para conduzir os trabalhos da comissão até o fim do ano.

Em discurso na última sessão da CPMI de 2025, o parlamentar comunicou seu diagnóstico e afirmou que, "se Deus permitir", voltará "ainda mais forte" em 2026. A comissão que ele preside tem prazo para se encerrar em março de 2026, com possibilidade de prorrogação por mais 60 dias.

Adiamento por compromisso com a investigação

Carlos Viana detalhou que recebeu a indicação para cirurgia imediata há três meses, mas optou por postergar o procedimento. “Noventa dias atrás os médicos recomendaram que eu fosse imediatamente para uma cirurgia, mas pedi a Deus que me sustentasse até hoje, até essa última sessão do ano para cumprir integralmente a missão que me foi confiada”, declarou o senador durante a sessão.

“A medicina mandou eu parar. O dever e o compromisso me disseram: continue”, acrescentou Viana, enfatizando seu compromisso com a apuração dos desvios. Ele já havia sido internado em março para tratamento de um tumor não especificado.

Contexto da CPI e prejuízo bilionário

A CPMI do INSS, presidida por Viana desde agosto, investiga um esquema de descontos irregulares em benefícios previdenciários. O prejuízo estimado pelo esquema é de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, sendo R$ 4,1 bilhões apenas nos dois primeiros anos do governo atual.

O plano de trabalho da comissão possui seis eixos, que incluem mapeamento do esquema, identificação de responsáveis e análise do impacto sobre os aposentados. Para ressarcir as vítimas, o governo federal destinou R$ 3,3 bilhões via Medida Provisória.

Próximos passos e futuro da comissão

Com a cirurgia marcada, a recuperação de Carlos Viana passa a ser acompanhada. O parlamentar vinculou seu retorno à continuidade da luta pelos beneficiários. “Enquanto houver um único aposentado injustiçado nesse país, eu estarei nessa luta”, afirmou.

A CPMI retoma seus trabalhos no próximo ano legislativo, com a expectativa de concluir investigações e votar relatórios que podem resultar em indiciamentos. A saúde do presidente da comissão agora é uma variável no cronograma de uma das principais investigações em curso no Congresso Nacional.

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