Maicol dos Santos, único preso pelo assassinato de Vitória Regina, de 17 anos, em Cajamar (SP), declarou em entrevista ao programa Domingo Espetacular que sua confissão foi obtida sob coação. O suspeito, indiciado em março, alega que delegados e o secretário de segurança local prometeram benefícios à sua família em troca da admissão do crime.
Contradições nas versões
Em depoimento à TV Record, Maicol contradiz seu próprio interrogatório filmado, onde afirmara ter agido sozinho. "Minha confissão foi baseada nos fatos que (...) me induziram", declarou, citando promessas de vale-aluguel e aposentadoria para sua mãe. A defesa tenta anular a confissão desde março, alegando ausência de advogado.
Provas forenses contestadas
O acusado nega conhecer a vítima, embora a polícia afirme ter encontrado sangue da jovem em seu carro e imagens dela em seu celular. Sobre os vestígios, Maicol argumenta que "estava de mudança" e limpou a casa. Questionado sobre as provas, sugeriu que poderiam ser usadas "para esconder o que realmente aconteceu".
Andamento processual
Em maio, a defesa protocolou pedido de anulação da denúncia do MPSP, ainda não julgado. Maicol afirma ter confessado por medo por sua família e que advogados teriam sido impedidos de acompanhá-lo. O caso continua sob investigação, com novas audiências previstas para agosto.
Cronologia do crime
Vitória desapareceu em 26/02 ao voltar do trabalho. Mensagens mostravam seu alerta sobre dois homens suspeitos no ônibus. Seu corpo foi encontrado em 05/03 em área rural, com morte por hemorragia. O laudo não confirmou violência sexual devido ao estado avançado de decomposição.
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