Entrar
Telescópio no Chile captura imagem detalhada da "borboleta cósmica"
Ciência e Tecnologia

Telescópio no Chile captura imagem detalhada da "borboleta cósmica"

Nebulosa planetária rara, localizada a milhares de anos-luz da Terra, foi fotografada por estudantes chilenos.

Redação
Redação

2 de dezembro de 2025 ·

O telescópio Gemini South, localizado no Chile, registrou uma nova e impressionante imagem da Nebulosa da Borboleta, uma estrutura rara e complexa ao redor de uma estrela moribunda. A fotografia, divulgada na última semana pelo NoirLab da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos, revela detalhes das "asas" de gás brilhante que dão nome ao objeto celeste.

A nebulosa, também catalogada como NGC 6302, está situada entre 2,5 mil e 3,8 mil anos-luz do nosso planeta, na constelação de Escorpião. No centro da formação, uma estrela anã branca expeliu suas camadas externas de gás, que agora brilham devido ao calor residual da estrela envelhecida.

Observação feita por estudantes

A escolha do alvo para esta observação foi feita por estudantes chilenos, em uma homenagem pelos 25 anos de operação do Observatório Internacional Gemini. O registro ocorreu no mês passado e complementa imagens anteriores, incluindo uma capturada em agosto pelo Telescópio Espacial James Webb, da NASA.

De acordo com a Agência Espacial Europeia, as observações recentes, que combinam dados do Gemini South e do conjunto de radiotelescópios ALMA, ajudam a traçar "um retrato inédito de uma nebulosa planetária dinâmica e cheia de estrutura".

Estrutura de uma nebulosa bipolar

A Nebulosa da Borboleta é classificada como uma nebulosa bipolar, caracterizada por dois lóbulos principais que se estendem em sentidos opostos, formando as "asas". Uma faixa espessa de gás e poeira no centro funciona como o "corpo" da borboleta.

Os astrônomos explicam que essa estrutura central de poeira é crucial para moldar a aparência do objeto, pois bloqueia a saída do gás em todas as direções, canalizando-o para os lóbulos bipolares.

Detalhes revelados pelo James Webb

A imagem do Telescópio Espacial James Webb, capturada com seu instrumento de infravermelho médio (MIRI), mostrou com mais detalhes o anel de poeira ao redor da estrela central. O MIRI funciona como câmera e espectrógrafo simultaneamente, permitindo analisar como o objeto se comporta em diferentes comprimentos de onda.

Essas observações combinadas fornecem novos insights sobre os processos físicos que ocorrem durante as fases finais da vida de estrelas como o Sol, ajudando os cientistas a entender melhor a evolução estelar e a composição do meio interestelar.

Deixe seu Comentário
0 Comentários
🍪

Cookies

Nosso site usa cookies para melhorar a experiência do usuário. Ao usar nossos serviços, vocês concorda com a nossa Política de Cookies.