Trump reafirma apreço por Lula após telefonema sobre comércio e crime organizado
Presidente dos EUA qualifica conversa como "muito boa" e demonstra disposição para cooperação bilateral.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou nesta terça-feira (2) que gosta do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, após um telefonema entre os dois líderes. A conversa tratou de temas comerciais, tarifas e cooperação no combate ao crime organizado transnacional, conforme confirmado pelo Palácio do Planalto e por declarações de Trump à imprensa.
“Tivemos uma ótima conversa. Falamos sobre comércio. Falamos sobre sanções, porque, como vocês sabem, eu as impus em relação a certas coisas que aconteceram”, disse Trump a repórteres. O republicano concluiu: “Tivemos uma conversa muito boa. Eu gosto dele”. O Planalto classificou o diálogo como “muito produtivo”.
Contexto da relação e avanços comerciais
Esta é a segunda demonstração pública de apreço de Trump por Lula, após um período anterior de tensão nas relações bilaterais. Em setembro, durante a Assembleia Geral da ONU, Trump já havia afirmado ter tido uma “química excelente” com o líder brasileiro.
Um dos pontos concretos discutidos foi a revogação, no final de novembro, da tarifa adicional de 40% sobre mais de 200 produtos brasileiros, como carne, café e frutas. Essa taxa extra, que incidia além de uma alíquota base de 10%, havia sido imposta como resposta a processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O governo brasileiro destacou que ainda há itens tarifados e busca avançar nas negociações.
Cooperação contra o crime organizado
Segundo o Planalto, a cooperação bilateral no combate ao crime organizado internacional foi outro pilar da conversa. Lula mencionou operações recentes no Brasil para asfixiar financeiramente grupos criminosos e identificou ramificações no exterior.
Donald Trump afirmou ter “total disposição” para trabalhar em conjunto e apoiar iniciativas contra essas organizações, de acordo com a assessoria da Presidência da República.
Próximos passos e histórico recente
Os dois presidentes concordaram em retomar o contato em breve para acompanhar o andamento dos temas tratados. O telefonema ocorre em um contexto de mudança no tom das relações, que antes foram marcadas por medidas mais rígidas de Washington, incluindo sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, sua esposa e um instituto a ele ligado.
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