União Europeia doa R$ 123 milhões ao Fundo Amazônia na COP30
Recursos serão destinados a projetos de combate a ilícitos ambientais e apoio à bioeconomia na região
A União Europeia confirmou nesta quinta-feira (13) a doação de 20 milhões de euros (R$ 123 milhões) ao Fundo Amazônia durante a COP30. O anúncio foi feito no espaço da UE dentro da conferência climática, com presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, da diretora do BNDES, Tereza Campello, e da chefe da Delegação da UE no Brasil, Marian Schuegraf.
O repasse marca o início de uma série de desembolsos previstos para os próximos quatro anos e reforça a confiança internacional na política ambiental brasileira. Segundo a ministra Marina Silva, o aporte reconhece os resultados alcançados pelo Brasil na redução do desmatamento.
Recursos para projetos específicos
De acordo com a União Europeia, os R$ 123 milhões serão destinados a projetos de fortalecimento institucional, combate a ilícitos ambientais, apoio à bioeconomia e proteção de povos e comunidades tradicionais. A doação concretiza compromisso assumido pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante visita ao Brasil em 2023.
A ministra Marina Silva destacou que o desmatamento na Amazônia caiu 50% nos últimos meses e afirmou: "Quanto menos CO₂, menos desmatamento e mais captação de recursos que deve ajudar as comunidades".
Gestão transparente do fundo
A diretora do BNDES, Tereza Campello, enfatizou que o novo aporte "demonstra a confiança internacional na gestão transparente e eficaz do Fundo Amazônia" e ressaltou o impacto direto dos projetos nas comunidades locais. "Não basta só enfrentar o desmatamento, mas sim reconstruir a floresta", afirmou.
A parceria com o Fundo Amazônia reflete o alinhamento entre os esforços brasileiros e europeus na transição para uma economia de baixo carbono e no combate às mudanças climáticas globais. Marina Silva ressaltou que o fortalecimento do fundo amplia o protagonismo do Brasil na agenda ambiental internacional.
O Fundo Amazônia, administrado pelo BNDES, consolida-se como um dos principais instrumentos de cooperação internacional e financiamento de políticas ambientais no país, com a Amazônia sendo posicionada como centro das soluções climáticas globais.
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