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Vazamento de óleo revela deformidades preocupantes em cavalos-marinhos de Pernambuco

Estudo aponta ligação entre anomalias em cavalos-marinhos e desastre ambiental de 2019 no litoral brasileiro.

Vazamento de óleo revela deformidades preocupantes em cavalos-marinhos de Pernambuco
Reprodução

Uma pesquisa realizada na área do Complexo Portuário de Suape, em Pernambuco, trouxe à tona a presença de anomalias em cavalos-marinhos da região. O estudo, conduzido pelo Instituto Hippocampus, sugere que as deformidades nos animais estão ligadas ao derramamento de óleo que impactou o litoral brasileiro em 2019, um dos piores desastres ambientais da história do país. A atenção se volta especialmente para a espécie Hippocampus reidi, comum em manguezais e áreas marinhas.

Os pesquisadores monitoraram durante um ano os cavalos-marinhos em locais como o Rio Massangana e a Ilha de Cocaia, entre os municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. Rosana Silveira, presidente do Instituto Hippocampus, indicou que as deformidades encontradas, como escoliose severa e malformações faciais, afetam gravemente a sobrevivência dos recém-nascidos. Ela salientou que essas condições podem levar à extinção local da população se não houver intervenções eficazes.

Além das anomalias em cavalos-marinhos, outros estudos científicos têm indicado que diversas espécies de animais também foram afetadas pelo vazamento. Os pesquisadores relatam preocupações sobre os impactos a longo prazo e a necessidade urgente de mais estudos e monitoramento. No que diz respeito à investigação do derramamento, autoridades identificaram um navio tanque como responsável, e o caso segue com indiciamentos, embora a identidade dos envolvidos ainda não tenha sido divulgada. O Instituto Hippocampus continua buscando apoio para dar continuidade às pesquisas e monitorar a saúde das populações de cavalos-marinhos na região.

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há 5 minutos

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