Alemanha oferece R$ 140 mil por 100 dias de isolamento em estação espacial simulada
Estudo financiado pela Agência Espacial Europeia busca voluntários para simular vida de astronauta.
Um estudo alemão está oferecendo cerca de R$ 140 mil para voluntários que aceitarem ficar 100 dias isolados em uma estação espacial simulada. A experiência, que integra uma pesquisa sobre os efeitos do confinamento extremo, será realizada no Instituto de Medicina Aeroespacial e tem início previsto para 7 de abril de 2026.
A iniciativa é financiada pela Agência Espacial Europeia (ESA) e organizada pelo Centro Aeroespacial Alemão (DLR). O objetivo principal é compreender os impactos físicos e psicológicos do isolamento prolongado, dados cruciais para o planejamento de futuras missões espaciais de longa duração.
Perfil e processo de seleção dos voluntários
Podem se candidatar pessoas com idade entre 25 e 55 anos, em boas condições de saúde, que pratiquem exercícios físicos regularmente e tenham proficiência comprovada em inglês. A formação superior é obrigatória, com preferência para cursos de Medicina, Engenharia de Software, Tecnologia ou áreas correlatas.
Os inscritos passarão por uma bateria de testes físicos, psicológicos e médicos. Brasileiros podem participar, mas precisam providenciar visto e seguro viagem por conta própria. Ao todo, seis pessoas serão selecionadas para o experimento.
Rotina e condições do experimento
A experiência total terá 126 dias, sendo 16 dedicados à preparação e 100 ao confinamento efetivo, com término em 7 de agosto de 2026. Os participantes viverão sob condições que simulam a vida de astronautas, incluindo limitações de banho, proibição de cochilos e períodos obrigatórios de atividades físicas.
O monitoramento será feito por câmeras, e cada voluntário poderá levar apenas poucos pertences pessoais. A rotina rigorosa visa coletar dados precisos sobre a adaptação humana a ambientes de missão espacial isolada.
Contexto e próximos passos
Pesquisas de isolamento são fundamentais para agências espaciais em todo o mundo, que buscam mitigar os riscos em viagens para a Lua e Marte. O DLR e a ESA já têm histórico em estudos similares, que avaliam desde a coesão de grupo até a degradação cognitiva em ambientes controlados.
As inscrições para o estudo estão abertas. Os selecionados serão anunciados após a conclusão de todas as etapas da triagem, que deve se estender pelos próximos meses.
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