Banco Master: dono Daniel Vorcaro deixa prisão com tornozeleira eletrônica
Executivo e outros quatro diretores terão medidas restritivas após decisão do TRF-1 nesta sexta-feira
Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, teve sua prisão preventiva revogada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) na noite desta sexta-feira (28). A decisão da desembargadora Solange Salgado da Silva permitiu que o empresário deixasse o Centro de Detenção Provisória 2 de Guarulhos, em São Paulo, onde estava preso desde 18 de novembro.
O empresário e outros quatro executivos do banco seguirão com medidas cautelares severas, incluindo o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica. A desembargadora considerou que a viagem de Vorcaro estava comprovadamente planejada com antecedência, afastando a tese de risco de fuga.
Medidas restritivas impostas
Os cinco executivos do Banco Master deverão comparecer periodicamente à Justiça e estão proibidos de manter contato entre si e com outros investigados. Não podem deixar o município onde residem sem autorização judicial, conforme estabelecido pela decisão do TRF-1.
A desembargadora Solange Salgado fundamentou que "a adoção de medidas alternativas à prisão é suficiente para garantir o curso do processo penal". A decisão atende a um pedido de habeas corpus impetrado pela defesa dos executivos.
Operação Compliance Zero
Os diretores foram presos durante a "Operação Compliance Zero" da Polícia Federal, que investiga a venda de títulos de crédito falsos. O esquema envolvia a produção de carteiras de crédito fictícias que eram revendidas para outras instituições financeiras.
O Banco Master emitia certificados de depósitos bancários (CDBs) com valores de até 40% acima da taxa básica do mercado, considerado irreal pelo Banco Central. A operação resultou no bloqueio de aproximadamente R$ 12,2 bilhões em bens e ativos dos investigados.
Liquidação do Banco Master
O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master em decorrência das irregularidades identificadas. A instituição financeira foi acusada de operar com certificados de depósito sem lastro real, caracterizando fraude contra o sistema financeiro nacional.
Os cinco executivos permaneciam presos preventivamente desde o dia 18 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação que mirava o esquema de fraude envolvendo títulos de crédito sem fundos verdadeiros.
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