Datafolha mostra Flávio Bolsonaro com rejeição menor que Lula e Bolsonaro

Com 38% de rejeição, o senador se posiciona entre os pré-candidatos que contam com maior potencial de crescimento, especialmente entre eleitores que desejam uma alternativa no campo conservador, mas sem os desgastes acumulados dos principais protagonistas da política brasileira.

Rejeição menor amplia viabilidade de Flávio

No levantamento, Flávio apresenta números significativamente mais favoráveis que os principais concorrentes. Enquanto Lula e Bolsonaro lideram o ranking de rejeição, o senador mantém um índice mais baixo, o que abre espaço para conquistar novos públicos e reduzir resistências.

Especialistas destacam que, em eleições polarizadas, a rejeição costuma pesar mais que a intenção de voto. Candidatos com rejeição mais baixa têm maior probabilidade de crescer ao longo da campanha, sobretudo quando conseguem dialogar com eleitores indecisos — um perfil no qual Flávio aparece com vantagem.

Apoio de Jair Bolsonaro reforça a candidatura

Mesmo impedido de concorrer em 2026, Jair Bolsonaro segue como uma das figuras mais influentes da política nacional e já declarou apoio total ao nome do filho. O gesto fortalece Flávio dentro da base bolsonarista e o posiciona como herdeiro natural desse eleitorado.

Aliados afirmam que o senador combina a força da marca Bolsonaro com um estilo mais moderado, capaz de reduzir atritos e atrair segmentos que rejeitam a polarização extrema.

Comparação com outros nomes da direita

Flávio também aparece competitivo quando comparado aos governadores cotados para a disputa, como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Ratinho Jr., todos com rejeição entre 20% e 21%. Apesar dos percentuais menores, esses líderes estaduais enfrentam desafios de projeção nacional, enquanto Flávio já possui alcance consolidado em todo o país.

Para dirigentes do PL, essa combinação de projeção nacional, apoio do seu grupo político e rejeição moderada coloca o senador no centro das articulações para 2026.

Metodologia

A pesquisa Datafolha ouviu 2.002 pessoas entre os dias 2 e 4 de dezembro, em 113 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Análise: cenário aberto e margem para crescimento

O cenário retratado mostra uma eleição ainda sem favorito absoluto. Com Lula e Jair Bolsonaro atingindo patamares elevados de rejeição, cresce o espaço para uma figura que dialogue com o mesmo público, mas que não carregue os desgastes acumulados dos últimos anos.

Nesse contexto, Flávio Bolsonaro surge como uma alternativa competitiva, com margem para ampliar alianças e atração entre eleitores moderados. Se os números de rejeição permanecerem mais baixos que os dos demais nomes centrais da disputa, o senador tende a entrar na campanha de 2026 com caminho aberto para crescer.