A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram uma operação significativa contra fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), resultando na apreensão de bens de alto valor, como uma Ferrari e joias. As atividades se concentraram em treze estados e no Distrito Federal, onde foram cumpridos mandados de busca, apreensão e prisão. Esta operação destaca um esquema que, segundo as investigações, desviou até R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas em um período que abrange de 2019 a 2024.
Durante a ação, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado e demitido, junto com outros cinco servidores públicos. Pelo menos seis indivíduos foram presos, sendo todos ligados a entidades associativas suspeitas de realizar descontos indevidos dos benefícios previdenciários. As investigações revelaram que essas associações ofereciam serviços falsos, cobrando mensalidades sem a devida autorização dos beneficiários, muitas vezes falsificando suas assinaturas. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, enfatizou a gravidade da situação, destacando apreensões no valor de mais de R$ 15 milhões em um único alvo.
A ação culminou com a identificação de operadores financeiros ligados às fraudes e a apreensão de uma quantidade significativa de dinheiro em espécie, além de obras de arte e relógios luxuosos. Com 211 mandados cumpridos em 34 municípios, as investigações já resultaram na documentação de irregularidades e na possibilidade de sequestro de bens no valor superior a R$ 1 bilhão. A CGU, após encontrar indícios de crimes administrativos, acionou a PF, que agora conduz 12 inquéritos pela gravidade e extensão das fraudes identificadas.