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Governador de SP critica postura de Lula em relação a tarifas impostas por Trump

Tarcísio Freitas afirma que medida americana exige reflexão sobre relações bilaterais e acusa governo federal de negligência

Governador de SP critica postura de Lula em relação a tarifas impostas por Trump
Reprodução

O governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), criticou nesta segunda-feira a postura do governo Lula diante da taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Em pronunciamento nas redes sociais, o aliado de Jair Bolsonaro afirmou que a decisão do presidente Donald Trump demanda "uma profunda reflexão" sobre as relações entre os países.

Críticas à política externa

Tarcísio, cotado para disputar a Presidência em 2026, acusou o governo federal de manter o Brasil como "a economia mais distante da Casa Branca" entre os países do G20. "Temos visto pouca ação junto ao US Trade Representative, Departamento de Comércio e Departamento de Estado", declarou.

O governador paulista destacou que os EUA são os maiores investidores diretos no Brasil e afirmou: "Parece que o governo Lula não entendeu ainda que ideologia e aritmética não se misturam". Segundo ele, as tarifas prejudicam especialmente as exportações de maior valor agregado.

Exemplos internacionais

Em seu pronunciamento, Tarcísio citou os casos do México e da Argentina como exemplos de países que conseguiram estabelecer boas negociações com os EUA mesmo após tensões. "As diferenças foram deixadas de lado, o pragmatismo imperou", afirmou sobre o acordo mexicano.

O governador defendeu que as "duas maiores economias do nosso continente e as duas maiores democracias do Ocidente" não podem permanecer distantes. "Cabe agora ao governo federal o esforço diplomático para resolver a questão com maturidade política", concluiu.

Contexto das tarifas

A medida americana afeta diversos setores da indústria brasileira e foi anunciada na semana passada. Analistas apontam que o Brasil é o único grande parceiro comercial dos EUA na América Latina sem acordo de livre comércio vigente ou em negociação.

Segundo dados do Ministério da Economia, os EUA são o segundo maior destino das exportações brasileiras, com fluxo comercial bilateral de US$ 88,8 bilhões em 2024. A taxação deve impactar especialmente os setores de aço, alumínio e produtos agrícolas processados.

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há 5 minutos

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