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Governo Federal ameaça Enel com perda de concessão após apagão em SP

Governo Federal ameaça Enel com perda de concessão após apagão em SP

Ministro Alexandre Silveira afirma que empresa será responsabilizada por falhas no serviço essencial de energia elétrica.

Redação
Redação

15 de dezembro de 2025 ·

O Ministério de Minas e Energia publicou uma nota oficial, neste domingo (14), endurecendo o tom contra a Enel e ameaçando a empresa com a perda da concessão em São Paulo. A medida é uma resposta às falhas contínuas no fornecimento de energia na capital e região metropolitana, que completam cinco dias após a passagem de um ciclone extratropical.

Na nota, o ministro Alexandre Silveira (PSD) determinou "rigor absoluto" na fiscalização, seguindo orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo afirmou que não tolerará "falhas reiteradas, interrupções prolongadas ou qualquer desrespeito à população" no serviço essencial de energia.

Força-tarefa e histórico de alertas

O documento também anunciou a criação de uma força-tarefa nacional para acelerar os reparos, com apoio de outras distribuidoras do país. O ministério revelou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) vem sendo alertada sobre as falhas da Enel desde 2023.

Para reforçar a ação, o Governo Federal editou o Decreto nº 12.068/2024, que endureceu as regras de fiscalização e estabeleceu contratos mais severos com as distribuidoras em todo o país.

Crise iniciada na quarta-feira

A crise começou na última quarta-feira (10), quando um ciclone extratropical atingiu São Paulo, causando danos à infraestrutura elétrica administrada pela Enel. Milhares de residências ficaram sem energia, e novas chuvas durante o final de semana agravaram a situação.

A demora na restauração do serviço levou autoridades locais a criticarem publicamente a empresa. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) chegou a pedir ajuda diretamente ao presidente Lula durante evento na sexta-feira (12).

Próximos passos e responsabilização

O governo deixou claro que a Enel será responsabilizada caso não cumpra "integralmente os índices de qualidade e as obrigações contratuais". A nota oficial afirma que o descumprimento acarretará não só a perda da concessão, mas também a "adoção de todas as medidas legais e regulatórias cabíveis".

A situação coloca a concessionária sob pressão máxima para normalizar o fornecimento e atender aos padrões exigidos, sob risco de perder o direito de operar no estado mais populoso do país.

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