Gilman Rodrigues da Silva era namorado de Delvânia desde o segundo semestre de 2024. De acordo com investigações da Polícia Civil, a relação do casal era marcada por episódios de violência, muitos dos quais relacionados a ciúmes. Em uma viagem ao Maranhão, houve um incidente de agressão, conforme relatos de testemunhas. O advogado de defesa de Gilman ainda não se manifestou oficialmente sobre o processo.
O crime aconteceu em uma chácara localizada na zona rural de Caseara, no dia 22 de março deste ano. A propriedade seria de Gilman.
Durante as agressões, Delvânia conseguiu pedir ajuda através de mensagens enviadas a um grupo de WhatsApp, que incluía moradores da cidade de Caseara. Ela compartilhou fotos da mão machucada e relatou as agressões, que teriam sido feitas com um cabo de rodo, focando na região da nuca. Após desmaiar, Gilman fugiu para Palmas, conforme a investigação.
Gilman tentou minimizar a situação no mesmo grupo de WhatsApp, enviando mensagens afirmando que tudo estava bem e que Delvânia estava descontrolada. Esse comportamento impediu a intervenção de terceiros, de acordo com o delegado José Lucas Melo.
Delvânia sofreu ferimentos graves, especialmente na cabeça. Ela foi encontrada por um caseiro e, posteriormente, a Polícia Militar foi chamada ao local. Delvânia foi inicialmente atendida em um hospital local e, devido à gravidade dos ferimentos, foi transferida para o HGP no dia 23 de março. Atualmente, ela segue recebendo cuidados médicos no hospital.
O caso foi registrado no dia 23 de março na Central de Atendimento à Mulher em Palmas e, três dias depois, Gilman se apresentou na delegacia de Paraíso do Tocantins. Ele alegou ter agido em legítima defesa, mas seu depoimento contradizia os fatos e não correspondia à dinâmica das agressões. Gilman foi liberado por não estar em flagrante.
Gilman foi preso na quinta-feira (3), após a Justiça expedir um mandado de prisão preventiva, solicitado pela polícia. Durante o depoimento, ele optou por permanecer em silêncio. Ele está atualmente detido na Unidade Penal de Paraíso do Tocantins.
A prisão foi requerida devido à quantidade de golpes aplicados em Delvânia, à fuga do suspeito após as agressões e a um histórico de violência doméstica contra a ex-mulher de Gilman. Esses fatores foram levados em consideração pelas autoridades.
Gilman está sendo investigado pela 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Paraíso e pela 54ª Delegacia de Polícia Civil de Caseara, sendo acusado de tentativa de feminicídio. Caso seja condenado, a pena pode chegar a até 40 anos de prisão.
O inquérito será concluído nos próximos dias e enviado ao Ministério Público para as providências legais cabíveis.