Há exatas cinco décadas, no dia 23 de fevereiro de 1975, o menino Carlos Alberto Ramires, conhecido como Carlinhos, desapareceu sem deixar vestígios em São Paulo. O caso, que completa 50 anos sem solução, permanece como um dos maiores mistérios criminais do país.
O desaparecimento
Carlinhos, então com 7 anos, saiu de casa para comprar pão em um armazém a duas quadras de sua residência no bairro do Ipiranga, zona sul da capital paulista. Testemunhas afirmam tê-lo visto na padaria por volta das 18h, mas ele nunca retornou para casa.
As buscas
As buscas mobilizaram a polícia, voluntários e a comunidade por meses. A família Ramires chegou a receber cartas anônimas exigindo resgate, mas nenhum contato real foi estabelecido. O caso ganhou grande repercussão nacional, com apelos transmitidos em cadeia nacional de rádio e TV.
Dados do caso:
- Última roupa vista: camiseta listrada azul e branca, short jeans e sandálias havaianas
- Local do desaparecimento: Rua Silva Bueno, 1.117, Ipiranga
- Recompensa oferecida: Cr$ 50.000 (equivalente a R$ 25 mil na época)
Investigações e hipóteses
As principais linhas de investigação incluíram:
- Sequestro por quadrilha especializada
- Acidente não identificado
- Adoção ilegal
Em 1982, o delegado Sérgio Paranhos Fleury assumiu temporariamente o caso, mas não encontrou novas pistas. O inquérito foi arquivado em 1985 por falta de provas.
Legado e atualidade
O caso Carlinhos foi um dos primeiros a mobilizar a imprensa nacional em um desaparecimento infantil e inspirou a criação de protocolos de busca mais eficientes. Atualmente, o Instituto Carlinhos Ramires mantém viva a memória do caso e oferece apoio a famílias de desaparecidos.
Em 2020, novas análises de DNA foram realizadas em ossadas encontradas na região, mas nenhuma coincidiu com o perfil genético da família Ramires.
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