O Tocantins contabilizou 4.530 focos de incêndio entre 1º de janeiro e 17 de agosto de 2025, segundo monitoramento por satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados do Programa Queimadas mostram que julho foi o mês mais crítico, com 1.375 registros - 30% do total anual.
Lagoa da Confusão lidera o ranking municipal com 468 ocorrências, seguida por outros nove municípios que concentram 42% dos focos estaduais. Palmas, a capital, registrou 30 casos no período. As queimadas se intensificaram nas primeiras semanas de agosto, com 532 focos detectados.
Contexto climático e comparação histórica
O período seco, com baixa umidade, temperaturas elevadas e ventos fortes, contribui para a propagação das chamas. Em comparação com 2024, quando foram registrados 8.469 focos no mesmo período, os números de 2025 representam redução de 46,5%.
Dados históricos do Inpe revelam que agosto de 2024 teve 2.936 focos - número cinco vezes maior que o registrado nas primeiras duas semanas de agosto de 2025 (532). Especialistas atribuem a queda às ações preventivas e às chuvas atípicas no primeiro semestre.
Incêndio de grandes proporções em Palmas
No último final de semana, bombeiros combatiam por horas um incêndio florestal próximo ao Morro do Limpeza, na capital. O fogo ameaçou residências e exigiu a atuação conjunta do Naturatins e Defesa Civil municipal.
Box explicativo: O Programa Queimadas do Inpe utiliza satélites de referência mundial (como NOAA-20 e SUOMI NPP) para detecção termal de focos de calor com precisão de 1km².
Próximos passos e medidas preventivas
O governo estadual anunciou reforço nas equipes de brigadistas e campanhas educativas. O Naturatins alerta que provocar queimadas é crime ambiental com multas que podem chegar a R$ 50 milhões, conforme a Lei 9.605/98.
O Corpo de Bombeiros mantém plantão 24h para denúncias pelo número 193. Meteorologistas preveem a continuidade do tempo seco até setembro, o que exige redobrada atenção da população.
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