Operações da Polícia Civil de São Paulo prendem mais de 1,3 mil por crimes contra vulneráveis

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, nesta quarta-feira (10), três operações simultâneas que resultaram na prisão de mais de 1.300 pessoas em todo o estado. As ações miraram crimes contra mulheres, crianças e adolescentes, além do tráfico de drogas na capital. Os números foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do estado.

A Operação Hera II, focada no combate à violência doméstica, foi responsável pela maior parte das prisões, com 1.300 agressores de mulheres sendo retirados de circulação. Paralelamente, a Operação Sentinela de Aço prendeu 11 acusados de estupro de crianças e adolescentes. Já a Operação Teia Central, que mirou o tráfico de drogas em sistema de delivery na capital, prendeu oito pessoas.

Combate à violência doméstica é prioridade

Além das prisões, a Operação Hera II gerou 24 mil boletins de ocorrência e 9,3 mil solicitações de medidas protetivas de urgência. O secretário de Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, destacou a ação como uma das principais bandeiras da pasta. "O combate à violência doméstica é uma de nossas principais bandeiras", afirmou.

Nico Gonçalves ressaltou a importância das denúncias e das ferramentas disponíveis. "Temos o aplicativo SP Mulher Segura, por exemplo, em que a mulher pode fazer boletins de ocorrência, ter o agressor monitorado com tornozeleiras. A ferramenta é importante para ajudar a acabar com os feminicídios", disse o secretário. As operações ocorrem em um contexto de protestos em todo o Brasil após uma série de casos de feminicídio registrados em São Paulo no último fim de semana.

Recursos apreendidos e criminosos foragidos

Na Operação Teia Central, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão. Além das oito prisões, foram apreendidos 3 kg de maconha, R$ 121 mil em dinheiro, 800 euros, 45 dólares e seis veículos. Equipamentos para a logística do tráfico, como balanças, celulares e notebooks, também foram encontrados. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 9,2 milhões, valores que serão destinados à Secretaria de Segurança Pública.

Na Operação Sentinela de Aço, que prendeu 11 criminosos sexuais, 15 procurados permanecem foragidos. De acordo com as investigações, parte dos acusados cometeu crimes em outros estados e se escondeu em São Paulo para tentar evitar a prisão. As buscas pelos foragidos continuam.

As operações representam um esforço concentrado da Polícia Civil paulista em diferentes frentes do crime organizado e da violência contra grupos vulneráveis. A Secretaria de Segurança Pública informou que as ações de combate a esses delitos seguirão sendo prioridade, com reforço no monitoramento e incentivo ao uso dos canais de denúncia.