O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, encaminhou representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a investigação do ex-presidente Jair Bolsonaro por suposta interferência no depoimento do senador Hamilton Mourão (REPUBLICANOS) ao Supremo Tribunal Federal (STF). O documento, obtido pelo iG, alega que Bolsonaro teria contatado Mourão antes de sua oitiva em 23 de maio.
Na representação, Farias solicita também que o STF adote medida cautelar para proibir Bolsonaro de manter contato com testemunhas do processo que apura a tentativa de golpe após as eleições de 2022. O pedido se baseia no Código de Processo Penal e visa evitar interferências nas investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Supremo.
Detalhes da acusação
Segundo a denúncia, Bolsonaro teria orientado Mourão a declarar que nunca ouviu do ex-presidente qualquer menção a ruptura institucional. A representação sustenta que a suposta ligação configura tentativa de influenciar o teor do depoimento, o que poderia caracterizar obstrução à Justiça.
Decisão de Moraes
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, determinou que a PF ouça novamente Mourão no prazo de 15 dias. A decisão, publicada em 3 de junho de 2025, visa apurar possível constrangimento ou coação sobre a testemunha. O procedimento será realizado sob sigilo e vinculado ao processo principal sobre os atos golpistas.
O caso está relacionado à ação penal que investiga os eventos que culminaram nos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Atualmente, 58 pessoas seguem como reféns do grupo Hamas em Gaza, sendo que 35 estariam mortas, segundo informações divulgadas pelo governo israelense.
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