Ministros do Supremo Tribunal Federal iniciaram articulações para conter a escalada de tensões entre o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. O movimento ocorre após críticas públicas do governo à concessão de benefícios fiscais a parlamentares e setores privilegiados.
Críticas cruzadas ameaçam diálogo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados intensificaram ataques ao Congresso, especialmente contra o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), acusado de descumprir acordos. Paralelamente, parlamentares reagiram a propostas de taxação de grandes fortunas.
"Há risco concreto de paralisia legislativa se não restabelecermos canais de diálogo", afirmou fonte do STF sob anonimato. Ministros contataram Motta, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), e representantes do Executivo.
Disputa por agenda tributária
O Planalto mantém pressão pela taxação de super-ricos, medida que enfrenta resistência no Legislativo. Lula acusa Motta de bloquear pautas prioritárias, enquanto parlamentares criticam o que chamam de "discurso divisionista" do governo.
Com Alcolumbre, o relacionamento é distinto - Lula planeja reunião bilateral após retorno da Argentina. O Senado tem sido visto como via alternativa para avançar projetos do Executivo.
Judiciário na mira
O STF monitora com preocupação críticas a supostos "penduricalhos" salariais no Judiciário. Ministros temem que o clima de confronto se estenda às instituições judiciais, afetando a separação de Poderes.
Fontes do Supremo confirmaram que as gestões buscam criar "espaço para negociação" antes que as tensões atinjam ponto de ruptura. O próximo movimento depende da resposta dos envolvidos nas próximas 72 horas.
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