Tarcísio defende intervenção na Enel após novo apagão na Grande São Paulo
Governador afirma que desempenho da concessionária é "absolutamente insuficiente" e que população não pode ficar refém do serviço.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a defender uma intervenção imediata na concessionária de energia Enel após um novo apagão atingir a região metropolitana na quarta-feira (10). O blecaute foi causado por fortes rajadas de vento que derrubaram árvores e galhos sobre a rede elétrica, afetando vários bairros da capital e da Grande São Paulo.
Tarcísio criticou publicamente a lentidão no restabelecimento do serviço. "O desempenho da Enel é absolutamente insuficiente. A gente não pode ficar refém desse serviço. Não dá", afirmou o governador durante evento em Carapicuíba. Ele destacou que, a cada evento climático, os problemas se repetem e que o retorno completo da energia "vai levar alguns dias".
Crítica ao desempenho e responsabilização
O governador comparou o desempenho da Enel com o de outras distribuidoras, afirmando que estas costumam atuar com mais rapidez em situações semelhantes. Segundo Tarcísio, "o maior tempo de restabelecimento e os maiores problemas estão na área da Enel". Ele reforçou que a gestão do contrato da empresa é de responsabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e que o governo estadual não possui instrumentos regulatórios para exigir melhorias diretamente.
Tarcísio disse que comunica a agência "imediatamente" a cada falha e que o estado envia relatórios detalhados sobre a situação das concessionárias. A renovação antecipada do contrato, pedida pela Enel, foi barrada pela Justiça de São Paulo.
Resposta a críticas e proposta de solução
O governador rebateu críticas feitas anteriormente pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), que acusou Tarcísio e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) de usar "linguajar populista" ao tratar do tema. "As pessoas que estão sem energia… vão fazer política com elas? Qual é a previsibilidade? Quando a energia vai ser restabelecida?", questionou Tarcísio, defendendo que sua posição não se trata de politização.
Como solução, o governador defendeu que uma intervenção pode substituir a caducidade do contrato, obrigando a Enel a investir na rede. Ele também propôs dividir o contrato da região metropolitana para facilitar a fiscalização e melhorar a prestação do serviço.
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